TRAGEDIA NO RIO DE JANEIRO, SAIBA MAIS

Depois da tragédia, um abraço emocionado,Sobrevivente do ataque em escola, a pequena Jady consegue realizar o desejo de encontrar os policiais militares que interromperam massacre ainda maior em Realengo

Rio - ‘Vocês são os meus heróis’. A frase, carregada de emoção, foi a primeira dita pela pequena Jady Ramos, de 12 anos, sobrevivente da tragédia em Realengo, quando corria para abraçar os dois policiais militares que salvaram a sua vida. Pouco mais de 24 horas após o massacre, a aluna da Escola Municipal Tasso da Silveira encontrou o sargento Márcio Alexandre Alves e o cabo Ednei Feliciano da Silva, e deu aos PMs o mais sincero reconhecimento pela missão cumprida.

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A emoção tomou conta do sargento, que ficou com os olhos cheios de lágrimas ao ver Jady. Ele, o cabo Ednei, a menina e sua mãe, a costureira Maria Lúcia Ramos, de 43 anos, se uniram num abraço que comoveu quem assistia à cena, ontem à tarde.

Conhecer o homem que salvou sua vida era um desejo da estudante, que chegou a procurá-lo na tarde de quinta-feira, mas não o encontrou na porta do colégio. A menina escreveu carta de agradecimento, mas teve a chance de dizer pessoalmente o que sentiu ao escapar da morte: “Obrigado por me salvar e pela nova oportunidade de viver”.

Após ajudar colegas, menino de 12 anos é considerado herói

Rio - Aos 12 anos, Marcus Vinícius Santos conta que escapou graças a uma amiga que avisou sobre a presença do atirador. Mesmo em desespero, antes de subir para o terceiro andar do colégio, onde ficou escondido, Marcus foi em outras salas para ajudar colegas a também fugir. “Não consigo dormir”, disse, abraçado à mãe Tânia Santos.

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Se soubesse que era para fazer isso, não tinha participado', afirma homem acusado de vender arma

POR PRISCILLA COSTA

Rio - Policiais da Delegacia de Homicídios, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, apresentaram Charleston de Souza Santos, de 39 anos, e Isaías da Silva, acusados de terem vendido o revólver calibre 32 usado por psicopata Welington de Oliveira, na manhã deste sábado. A Justiça decretou a prisão preventiva dos dois mais cedo.

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Apesar de ter negado estar envolvido no crime assim que foi preso, Isaías acabou admitindo participação quando chegou à DH. "Se soubesse que era para fazer isso, não tinha participado, porque eu também tenho filhos, que estudam inclusive numa escola em frente onde Wellington morava", declarou Isaías, sobre ter vendido a arma, durante sua apresentação.

"Agora infelizmente vou ter que pagar por este ato. Espero que a Justiça faça o que tem que fazer, que ela seja cumprida", afirmou Charleston à imprensa. 

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Os dois foram presos por agentes do Serviço Reservado (P-2) do 21º BPM (São João de Meriti), em Sepetiba. A arma teria sido adquirida por R$ 260 de um terceiro homem, que ainda não foi identificado, e cada um dos acusados ganhou R$ 30 pela intermediação.

Isaías, encontrado pela equipe da Coordenadoria de Inteligência da PM e pelo 3º Comando de Policiamento de Área (CPA), tem três passagens pela polícia: em 1990, por uso do documento falso; 2006 por ameaça e, no ano passado, por porte de droga para uso próprio.

Charleston contou que prestou serviço para Wellington, que lhe perguntou sobre vendade arma. Ele, então, indicou o segurança, que já foi investigado por envolvimento com milícias.

Estudante se salvou porque acabou a munição da arma

Rio - Primeira sobrevivente a receber alta do Hospital Estadual Albert Schweitzer, Renata Lima Rocha, 13, contou que escapou da morte por muito pouco.

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“Ele mirou o revólver na minha direção. Só que o tiro falhou porque o revólver já estava sem bala e eu corri. Mas ele foi muito rápido, recarregou a arma e me atingiu quando eu estava já na porta. Caí, me levantei e fugi para a rua, toda ensanguentada”, lembrou Renata, que foi atingida nas costas. 

A estudante revelou que quando o assassino entrou na sala em que estava, ela acreditou que tratava-se de um treinamento simulado da escola. “Ele chegou rindo com a arma na mão. Pensei que era um simulado para a gente saber como reagir a um assalto. Mas, quando o vi atirando, sangue jorrando, e todo mundo desesperado, gritando, eu também me apavorei e pensei que fosse morrer. Foi horrível”, disse a estudante que perdeu várias amigas no massacre.